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Carlos Eduardo analisa os riscos de renunciar à Prefeitura para disputar Governo

Entre outros fatores, se deixar gestão para concorrer ao Governo e perder, Carlos Eduardo pode ficar 4 anos sem mandato eletivo, uma vez que ele só poderia retomar poder em 2022

O prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), tem dois meses para decidir se será candidato ao Governo do Estado nas eleições de outubro. Se escolher ir à disputa, terá de renunciar à Prefeitura até o dia 7 de abril, prazo de descompatibilização para agentes públicos fixado pela Justiça Eleitoral.

De acordo com auxiliares do prefeito, essa imposição legal tem feito Carlos Eduardo hesitar na tomada de decisão. Isso porque, enquanto seus potenciais adversários terão um período maior para articular as pretensões (o registro de candidaturas vai até o dia 15 de agosto e, no caso dos demais pré-candidatos, não é preciso renunciar a outros cargos), o pedetista precisará agir precocemente, quando o cenário político ainda estará pouco definido. Aliados ponderam que renunciar em abril pode representar um “tiro no escuro”.

Outro fator que tem influenciado na decisão do prefeito é o grau de risco da renúncia. Se deixar a gestão municipal para concorrer ao Governo do Estado e perder, Carlos Eduardo pode ficar quatro anos sem mandato eletivo, uma vez que ele só teria chance de retomar o poder em 2022. Em 2020, a menos que ele queira ser candidato a vereador, o pedetista não poderia mais uma vez concorrer a prefeito.

Por fim, a situação nacional – ainda indefinida – também é um fator complicador. O partido do prefeito, o PDT, tem como pré-candidato à Presidência o ex-ministro Ciro Gomes, a quem Carlos Eduardo já manifestou apoio. Acontece que Ciro poderá receber o apoio do PT a nível federal, caso Luiz Inácio Lula da Silva seja impedido de concorrer.

Neste cenário, forma-se uma incógnita em torno da articulação local, haja vista que atualmente Carlos Eduardo é aliado do PMDB – partido rompido com o PT em Brasília. Interlocutores do prefeito analisam ser improvável um palanque com os três partidos, até porque os petistas potiguares têm a sua própria pré-candidata ao Governo: Fátima Bezerra. A depender dos desdobramentos nacionais, toda o cenário local pode ser posto em xeque.

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