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“ANTI-BOLSONARO; ANTI-LULA” – NEY LOPES NO JORNAL “AGORA RN”

O cientista político Carlos Pereira, publicou análise acerca do equívoco do manifesto “centrista”, assinado pelos pré-candidatos à Presidência, ao sinalizar polarização, apenas com Bolsonaro.

O “centro” teria que polarizar com os dois extremos: Bolsonaro e Lula, a fim de transformar-se em “alternativa atraente”, aqueles que condenam a corrupção, ou, o achincalho à gestão da pandemia”, evitando a opção do eleitor pelo “mal menor”.

Anti PT – O PSDB perdeu a bandeira do antipetismo, já incorporada por Bolsonaro. A sucessão gira em torno dos desafetos: Lula e Bolsonaro.

Atração – O articulista chama atenção para o comportamento de Lula e Bolsonaro, que tentarão atrair o “centro”. Para evitar essa migração, os eleitores desse segmento não poderão esquecer os motivos de rejeição aos dois candidatos.

USA – A exemplo da eleição americana, o “centro” no Brasil teria de mostrar quem somos “nós” e quem são “eles dois”, ou seja, “antiBolsonaro “ e “antiLula”.

O segundo turno, se houver, seria nova eleição, com acordos e composições.

Israel mostrou recentemente, que isso é possível.

O primeiro ministro Benjamin Netanyahu, de centro, articula apoio de um partido árabe-islamita – Lista Árabe Unida-, do líder islâmico Abbas.

O importante é que no final a Democracia seja preservada

Olho aberto

Natal – Por justiça, caminha muito bem a vacinação em Natal. Sem dúvida, mérito da PMN.

Regra – Com exceções, os defensores do livre mercado, sem regulações, apoiam-se no princípio do “prejuízo ser do Estado e o lucro, da empresa”.

A economia americana é o contrário: garantia do lucro social para o estado e do lucro financeiro para a empresa.

Prestação de contas – Por tais motivos, na pátria do capitalismo, os incentivos fiscais, isenções, diferimentos, juros diferenciados são auditados e o governo exige prestações de contas periódicas.

Exemplo – A Indústria Porcelanati de Santa Catarina chegou a Mossoró para montar polo cerâmico.

Teve todos os incentivos possíveis: Sudene, BNB e outras fontes. Uma montanha de dinheiro público enterrado. No final, acumulou débitos, além do desemprego em massa.

Direitos – Agora, a empresa beneficiária de incentivos, ameaça retirar até a maquinaria restante para vender, excluindo a garantia de débitos trabalhistas.

Impossível – Com essa prática de falso capitalismo, não há esperança de um Brasil mais justo.

O pior é que esses desvios fortalecem o discurso de extremistas de direita e populistas de esquerda. Qual a diferença para Lava Jato, de quem embolsa dinheiro dos impostos, sob a forma de incentivo fiscal?

E o aeroporto Aluizio Alves, de São Gonçalo do Amarante?

A propósito – Qual será a responsabilidade da “Inframaérica”, ao devolver o aeroporto de São Gonçalo do Amarante para o governo? A relicitação será ainda este ano, certamente dificultada pela crise da pandemia e a influência do “rombo” financeiro, deixado pelos atuais concessionários…

Valores – Recorde-se que, em valores de 2012, a empresa “Inframaérica” beneficiou-se de financiamento do BNDES no valor de R$ 329,3 milhões e crédito de R$ 1,64 milhão para a realização de investimentos sociais, na área de abrangência do empreendimento.

Hub – Uma das justificativas para liberação de tanto dinheiro era a transformação do aeroporto em “hub” (centro de conexões) para voos destinados à Península Ibérica.

Antes – Em 2015, José Luis Menghini, presidente da Inframérica, declarou que fecharia o ano com 2015 com crescimento entre 6% e 7% em relação a 2014.

Destacou a o recebimento de 6 milhões de passageiros e anunciou expansões nas áreas comerciais, cargas, novos voos e novos negócios.

RN – Com a palavra a ANAC.

Os prejuízos alegados pela “Inframérica” só se explicam, após a pandemia.

E nos seis anos anteriores?

Os financiamentos recebidos estarão com os pagamentos em dia?

E os demais incentivos e encargos?

Ninguém duvide que a empresa termine pleiteando indenização do governo.

Salvar o aeroporto – Outro aspecto de fundamental importancia: qual a mobilização da classe política, liderada pelo governo do estado, para salvar o Aeroporto? Nada se faz, salvo transferir responsabilidades.

Privilégio – O aeroporto Aluízio Alves tem localização geográfica privilegiada pela sua proximidade com a África, Europa e Canal do Panamá.

No mundo todo, essas características estimulam a criação de “polo exportador e turístico”, ou seja, uma área de livre comércio.

Por que somente o RN não luta por essa solução e prefere assistir de braços cruzados a decretação da  inviabilidade  do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, após tantos milhões de reais  desembolsados?

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