O governador foi recebido hoje em Pau dos Ferros com um protesto de quase 100 pipeiros da operação vertente II. Foi um estrondoso buzinaço dos pipeiros que reivindicava os seus pagamentos.
O jornal Folha Regional escutou com exclusividade um dos pipeiro. “Nós estamos sem receber o pagamento a quase três meses, a defesa civil já repassou esse dinheiro ao estado, outra reivindicações é o valor do km rodado que está muito abaixo do preço ao que o exercito esta pagando”. Relatou Jenison Fontes representante dos pipeiros presente.
Veja o documento entregue pelos pioneiro ao governador.
EXCELENTÍSSIMO GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE,
ROBINSON FARIAS.
Os operadores de carros pipas credenciados junto a operação vertente II do RN, levando em consideração as condições de trabalho, as dificuldades enfrentadas na operacionalização do abastecimento dos carros, na falta de pagamento pelo serviço prestado, na falta de humanidade e cordialidade no tratamento com os profissionais motoristas, vem, muito respeitosamente, solicitar de Vossa Excelência, solução para pedidos que ora se apresentam este ATO REIVINDICATÓRIO, no sentido de:
1- Atualizar o pagamento da prestação do serviço, uma vez que o mesmo se encontra em atraso injustificável, uma vez que o Governo Federal já efetuou o repasse das verbas desde o dia 20 de fevereiro de 2017, tendo as atividades sido iniciadas em 01 de junho de 2017, o que daria tempo suficiente para que houvesse análise e elaboração dos processos de pagamentos, mas infelizmente até a presente data isso não ocorreu. Ressaltamos que a falta de pagamento tem dificultado a sobrevivência dos profissionais motorista, uma vez que esse dinheiro tem verba alimentar, ou seja, é utilizado para, entre outras coisas, compra de alimento para a família, sendo assim, urgente é a solução desse pleito;
2 – Levantamento da quilometragem percorrida no itinerário da carga, pois existe divergência que somente será solucionada após efetuado o percurso pelo veículo da defesa civil com a equipe de fiscalização e assim confrontarmos com o resultado extraído do rastreamento e assim ajustarmos a realidade do que efetivamente é percorrido e se fazer justiça, pagando aquilo que efetivamente foi percorrido;
3 – Priorizar as respostas dos pedidos de substituição e autorização de descarrego motivados por problemas de natureza imprevisível, a exemplo de defeitos mecânicos que por ventura acorram nos veículos que transportam a água, tudo em conformidade com o contrato firmado;
4 – Cordialidade e respeito no tratamento dos prestadores do serviço, pois está havendo desdém e arrogância na maneira de agir e inclusive ameaças quando os profissionais fazem alguma reivindicação por melhorias nas condições de trabalho, fato esse que se pede seja imperioso a análise do que ora está sendo dito, pois é inconcebível num estado democrático de direito que a dignidade da pessoa humana seja desprezada e o tratamento humano não seja prioridade pelos agentes do estado;
5 – Análise do custo do quilômetro percorrido, pois o mesmo encontra-se defasado ante a inúmeros aumentos nos insumos utilizados para prestação do serviço, a exemplo: combustível, peças, serviços e impostos incidentes sobre a atividade.
Com a certeza do atendimento ao que ora se requer, colhemos o momento para externar elevada consideração e respeito.
Pau dos Ferros, 14 de agosto de 2017
Pipeiros da operação vertende II