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Por um Brasil de brasileiros com consciência de classe e política

As críticas apontam que precisamos de um novo presidente. O atual governo é rotulado como desgoverno por minimizar e negligenciar um problema mundial, a pandemia da Covid-19, dentre tantos outros casos de irresponsabilidade político-administrativa, moral e civil. Os mecanismos de responsabilização do Presidente da República por condutas típicas e ilícitas praticadas no exercício de seu mandato comportam tanto os crimes comuns, como os de responsabilidade. A Constituição Federal denomina de crimes de responsabilidade as infrações de natureza político-administrativa cujo rol exemplificativo encontra-se disposto no artigo 85 da Constituição. As pessoas, eleitores, comunidade em geral conhecem a Constituição? Sabem dos seus direitos e deveres? Conseguem entender o fluxo histórico político brasileiro? Não! Falta à grande maioria da população brasileira, o conhecimento sobre consciência de classe.

Karl Marx chamava de consciência de classe o autoconhecimento de um indivíduo sobre sua classe social e condição econômica, sua percepção a respeito do seu próprio papel produtivo, seja como produtor de riquezas ou como proprietário dos meios de gerar riqueza. A partir desta premissa, se torna possível algumas reflexões sobre modelos e ideologias político partidárias, realidade econômica, direitos e deveres e o mais importante, onde você consegue se encaixar dentro disso tudo. Estamos enfrentando esse descompasso governamental, descaso com a saúde pública, com vidas brasileiras, porque somos rodeados de uma falsa consciência de classe, até porque, tem sido muito fácil falsificar no Brasil. Somos bombardeados dia a dia por falsos perfis, fake News, falsas promessas, falsas negociações e relações e até mesmo falso Messias. Esta falsa consciência de classe se refere aos meios pelos quais processos ideológicos, materiais e institucionais induzem ao erro e ao engano. Membros do proletariado e de outras esferas dentro das sociedades capitalistas, escondendo a exploração do trabalho intrínseca às relações entre as classes.

As desigualdades no nosso país, a falta de investimento numa educação de qualidade para todos, a falta de oportunidades de trabalho e profissionalização, o descaso com o SUS e a saúde pública em geral, impedem que nós, brasileiros, trabalhadores, cidadãos comuns, possamos nos empoderar de conhecimento e tenhamos credibilidade para reivindicar, cobrar, exigir. Sim, nós temos direto de exigir, pois o país se movimenta com o dinheiro dos nossos impostos, é o nosso suor que faz girar a economia. Mas governar para todos sai caro e foge aos interesses de muitos que acampam no congresso atualmente.

Convenhamos que é muito mais fácil explorar e se capitalizar com mão de obra barata do que com qualificada. Para quem ocupa o patriarcado, esses não passam de uma classe dominada, formada por trabalhadores com baixa instrução profissional e educacional, que podemos chamar também de massa de manobra. Esta, por sua vez, juntamente com o Estado, é controlada e influenciada direta e indiretamente pela classe dominante. Desta forma é reduzida a estrutura social e assim se perpetua a exploração. Não é difícil aprender, mesmo assim, muitos preferem o caminho mais fácil, mais rápido e por isso nos encontramos nessa dura realidade. Consciência de classe gera consciência política e este é o caminho.

Por Catharina Queiroz, Jornalista

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