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Suspeitos de manter idoso 1 ano em cárcere no RN fizeram empréstimo de R$ 8 mil no nome dele, diz delegado

Aposentado precisou ser resgatado duas vezes. Na noite desta segunda (12), ele foi levado para um abrigo provisório em Ipanguaçu. Família ainda é procurada.
Idoso resgatado de cárcere privado dormiu e tomou café da manhã na delegacia de Assu, de onde foi levado para um abrigo provisório em Ipanguaçu — Foto: Polícia Civil do RN/Divulgação

O idoso de 70 anos, que em menos de 24 horas precisou ser resgatado duas vezes de uma situação de cárcere privado na cidade de São Rafael, no Oeste potiguar, enfim foi levado para uma moradia apropriada. Na noite desta segunda-feira (12), ele foi recebido por um abrigo em Ipanguaçu, que fica na mesma região.

Um homem e a filha, apontados como responsáveis pela guarda do idoso, devem ser indiciados pelos crimes de cárcere privado, maus tratos e pelo desvio da aposentadoria do ancião. O delegado Cidórgeton Pinheiro revelou que os dois ainda são suspeitos de terem feito um empréstimo no valor de R$ 8 mil em nome do ancião.

“O abrigo que acolheu o idoso é provisório, mas atende bem as necessidades dele. Ele está muito feliz. Foi muito bem recebido. O espaço fica em um ambiente rural, bem agradável”, ressaltou Cidórgeton.

A missão agora, ainda de acordo com o delegado, é fazer um acompanhamento médico do idoso e encontrar familiares dele, já que até o momento não foram localizados.

Mais de 1 ano trancafiado
O idoso foi resgatado na tarde do sábado (10). Ele estava há mais de 1 ano sem poder sair de uma casa em construção localizada no quintal de um imóvel, ao lado de um chiqueiro. O local, que não tinha janelas, possuía apenas uma cama e um vaso sanitário como mobilha. E estava trancada com uma grade, correntes e cadeado.
Após ser retirado da casa, o idoso foi entregue a uma equipe do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), que ficou responsável por encontrar um abrigo. Porém, segundo o delegado, não foi o que aconteceu. Pelo contrário. Além de não achar um local apropriado para o idoso, os assistentes ainda o devolveram para o cárcere de onde havia saído. Foi quando o delegado precisou ir novamente à casa para mais uma vez resgatar o aposentado.

Investigações
O delegado Cidórgeton Pinheiro disse que tem um prazo de 30 dias para concluir as investigações. Além de indiciar os responsáveis pelo idoso, no caso o pai e a filha, a equipe do Cras que devolveu o idoso ao cércere também pode responder criminalmente pelo ato.

 

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